A verdadeira motivação para o início dessa organização foi o meu grande sofrimento como aluno, pois durante toda minha vida vivenciei um inferno interior em escolas públicas de São Paulo como aluno apanhando e sendo obrigado a tirar notas sem entender quase nada do que era falado ou ensinado. Eu só sentia a pressão não verbal de adultos e família para tirar notas e “passar de ano”. Fora de sala de aula ou da escola eu não sabia me defender das inúmeras agressões das quais fui vítima por adultos e colegas. Mais tarde, ao trabalhar como “professor” em umas dez escolas diferentes com turmas de idades diferentes, senti incoerente a instituição chamar-se escola em função dos resultados, sintonia de profissionais e trabalho realizado. Sentindo-me mal ao trabalhar por um salário sem ajudar ninguém ou poder melhorar nada como se nadando contra a correnteza da vida real em uma direção sem sentido, abandonei o magistério público e iniciei com minha companheira uma escola sem capital inicial algum.
Decidi então ser um colaborador na transformação da educação para algo mais atual, que realmente motivasse alunos e equipe docente à pesquisa, à utilização do estudo teórico, em práticas importantes para o desenvolvimento das habilidades naturais de cada ser, aumentando a estima, valorização das potencialidades em aulas práticas, onde os alunos não “recebam conteúdos prontos” para memorização e sim que os construam experenciando, trabalhando, discutindo e agindo, pois precisamos de cidadãos com “iniciativa e acabativa”, com metas e conquistas. Só assim teremos uma geração melhor.
Assim começamos em 1999 o Instituto Educacional Fazendinha, hoje Colégio Integração Saber, num espaço contendo muito verde, frutíferas e animais variados, pois acreditamos que as crianças precisam estar ligadas à natureza para aprenderem a amá-la, formando na prática um espírito socioambiental, com aulas de jardinagem, culinária saudável, reutilização, reciclagem... Em complemento ás aulas de ciências.
Ao mesmo tempo, tendo como objetivo a formação de alunos com uma visão ampliada de mundo, mais sensíveis, humanos e atentos às necessidades dos outros ou da comunidade, conquistamos uma escola sem bullying ou preconceito. Um local propício ao estudo, contendo as condições e o clima exato para a aprendizagem em um ambiente acolhedor, onde as pessoas se respeitam, com profissionais que incentivam o estudo, buscando de dentro para fora o interesse e não com ameaças através de provas e notas. 
Uma escola que trabalha a autoestima, com aulas de saúde emocional, valores humanos e cidadania, que também prepara para a vida acadêmica futura e vida profissional através de práticas vocacionais e de desenvolvimento de talentos.